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Talidomida de regresso

Grávidas com doença periodontal mais susceptíveis de desenvolver diabetes mellitus gestacional

Segundo revelou o “Correio da Manhã”, a Comissão Europeia autorizou a comercialização da talidomida para o tratamento do mieloma múltiplo, sob a condição de que terá de existir, obrigatoriamente, um programa da prevenção da gravidez, para evitar que sucedam os mesmos erros do passado.

Manuel Abecassis, responsável pela unidade de transplantação de medula óssea do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, admitiu, ao referido jornal, os benefícios terapêuticos desta substância nos doentes que padecem de mieloma múltiplo, com provas já dadas no aumento da sobrevida dos pacientes e na melhoria considerável da sua qualidade de vida.
«A talidomida, que foi proibida durante muitos anos, reapareceu há cerca de dez anos nos Estados Unidos para o tratamento dos doentes com mieloma múltiplo. Os resultados dos tratamentos surpreenderam toda a comunidade científica internacional, porque produziram muito bons resultados», explicou. Tendo em conta as vantagens, para além dos Estados Unidos, a Austrália e Portugal também passaram a tratar os doentes com esta substância.
O oncologista afirmou que a talidomida está a ser usada para a mencionada indicação há pouco mais de dois anos e os resultados têm sido muito positivos para os doentes nacionais. «A administração da talidomida é muito rigorosa, cada paciente tem um registo terapêutico e a gestão do risco é permanentemente avaliada», explicou.
Manuel Abecassis considera que devido aos efeitos secundários ocorridos no passado em 46 países, o medicamento deverá ser de uso exclusivo hospitalar e não deve ser autorizada a venda directa ao público, «até porque é um medicamento muito caro, cada comprimido custa muitas centenas de euros».
O medicamento que nas décadas de 50 e 60 foi administrado às grávidas foi responsável por malformações congénitas a mais de dez mil bebés em 46 países, incluindo Portugal.

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