A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) louvou a proposta da nova tabela de preços apresentada pela ADSE, que prevê “aumentos significativos” em quase todos os preços do setor dentário aplicados aos prestadores de medicina dentária que têm acordo com o sistema público.
“É positiva e de saudar esta proposta, que se impunha e é da mais elementar justiça, dado que há décadas que as tabelas não são alteradas. É também um primeiro passo na direção certa para atrair mais prestadores e garantir qualidade nos serviços médicos. É, no entanto, importante perceber que a magnitude deste problema é muito grande, e que, se em percentagem os aumentos parecem muito significativos, em valores absolutos são escassos. O ponto de partida é muito baixo e está completamente desfasado da realidade”, refere Miguel Pavão, bastonário da OMD, citado em publicação no site da Ordem.
Uma das iniciativas da nova direção da OMD era, exatamente, reunir com o conselho diretivo da ADSE. A reunião está prevista para setembro e visa a requisição, por parte da OMD, de que os novos valores tenham em conta a tabela de referência de custos inerentes a atos de medicina dentária.
“A prestação de cuidados em medicina dentária é uma atividade onerosa, com custos elevados e com clínicos altamente diferenciados que investem muito na sua formação profissional. É preciso garantir que os valores pagos pela ADSE sejam justos e adequados a um elevado nível de boas práticas e que acompanhem o custo efetivo dos procedimentos e tratamentos”, acrescenta o bastonário.
De acordo com a ADSE, o aumento dos preços pretende a remuneração adequada de cuidados cujos preços se encontram desatualizados, e gerar condições para angariar mais prestadores para a rede convencionada.
Os valores deverão ainda ser negociados com os prestadores privados e, posteriormente, aprovados pela tutela.
