Entrevista a Sandra Ribeiro, Higienista Oral
Em criança qual a profissão que queria seguir?
Queria ser médica. Passava a vida a brincar com as bonecas, a ‘fazer-lhes consultas’ e a ‘passar-lhes receitas’. Guardo uma certa mágoa de não ter conseguido… mas acho que ainda há tempo.
O que a levou a optar pela medicina dentária?
A escolha do curso de Higiene Oral foi casual. Vi o anúncio num jornal diário e resolvi concorrer. No mesmo ano candidatei-me para outros dois cursos na área da saúde e entrei, mas optei pela Higiene Oral e acho que foi a escolha acertada.
A nível profissional, qual o episódio que mais a marcou?
Sem dúvida a formação complementar que tive oportunidade de fazer nos Estados Unidos, na Universidade de Washington. Foi uma experiência única e muitíssimo rica, não só a nível profissional, mas também a nível pessoal. A nível académico foi a tomada de consciência do mundo do conhecimento e a iniciação na investigação, o que permitiu o aprofundamento de áreas científicas leccionadas no curso de higiene oral.
Tem algum lema de vida?
Apesar dos obstáculos, nunca desistir e continuar em frente. Melhor dizendo, ser persistente e acreditar que é possível.
A nível profissional, do que mais se orgulha e do que mais se arrepende?
O que mais me orgulha é ver os antigos alunos, que ajudei a formar, a serem profissionais sérios, responsáveis e a terem sucesso. Não me lembro de nada que me arrependa verdadeiramente. Às vezes lamento ser demasiado permissiva e ter medo de arriscar.
Não sai de casa sem…
A escova de dentes, como uma higienista que se preze. Brincadeiras à parte, não saio de casa sem os óculos escuros e o computador.
Qual o seu maior vício?
Tenho vários… fumar, roer as unhas, trabalhar.
Qual a palavra que melhor a descreve?
Teimosa.
Projetos por concretizar em 2014?
A defesa do doutoramento.
O que falta no sector da medicina dentária em Portugal?
Um verdadeiro trabalho de equipa, com reconhecimento e respeito mútuo entre as diferentes profissões que integram essa equipa. Uma melhor acessibilidade dos serviços a todos os segmentos da população.
Artigo publicado na edição de julho/agosto de 2014 da revista SAÚDE ORAL