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Formação contínua na FMDUP: potenciar o desempenho na prática clínica

Favorecer um maior e melhor desempenho na prática clínica. Este é o objetivo que preside a oferta formativa contínua [1] da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP), como avança, em declarações à Saúde Oral, a presidente da Comissão Executiva do Gabinete de Educação Contínua (GEC), Cristina Areias.

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Cristina Areias, presidente da Comissão Executiva do Gabinete de Educação Contínua

O GEC tem como atribuições específicas a criação, desenvolvimento e promoção de cursos e unidades de formação não conferentes de grau, no âmbito das áreas de formação médico-dentárias. “Estes cursos vêm imprimir uma nova dinâmica à oferta formativa da faculdade, ou seja, são uma mais-valia para a formação”, enquadra Cristina Areias.

A oferta formativa é muito abrangente, destacando-se a formação de média duração (especializações), de curta duração (Dental Summer School) ou cursos de formação contínua com 1/2 ECTS – com e sem componente prática – (hands-on). O público-alvo são, preferencialmente, médicos dentistas, tanto os recém-formados, como os mais experientes, mas também estão incluídos os estudantes de medicina dentária. Existe, no entanto, oferta formativa para outras classes profissionais, nomeadamente, para as assistentes dentárias. Destaque ainda para os cursos financiados pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e em que, se for elegível, o formando pode participar em ações gratuitas, sendo que, devido à regulamentação em vigor, tem de adiantar o pagamento, sendo depois reembolsado o devido valor.

A escolha dos temas dos vários cursos procura ser abrangente dentro de cada área do conhecimento e do saber. “É fundamental ter em consideração o interesse e as expectativas dos estudantes/médicos dentistas, pelo que procuramos adequar os cursos, identificando as necessidades formativas dos profissionais de saúde oral e definindo posteriormente as áreas formativas prioritárias, promovendo a implementação de novos cursos pautados por padrões de excelência”, adianta a presidente da Comissão Executiva do GEC. São tidos em consideração vários aspetos, como a existência de um corpo docente qualificado, de um conteúdo programático cientificamente adequado e de mecanismos de avaliação pedagógica pelos formandos.

Cristina Areias defende que o princípio da aprendizagem ao longo da vida deve enquadrar, cada vez mais, “as diversas atividades de educação e formação do ensino superior, incluindo os seus níveis de pós-graduação. A aposta da FMDUP é diversificada e abrange várias vertentes, em sentido global, cultural, científico, técnico, cívico, ético e visa o desenvolvimento de capacidades e competências específicas e transferíveis, bem como a difusão do conhecimento.

“Os conteúdos programáticos dos diferentes cursos permitem que os formandos recebam uma aprendizagem teórico-prática adicional à sua formação obtida durante o Mestrado Integrado de Medicina Dentária (MIMD), favorecendo um maior e melhor desempenho na sua prática clínica”, realça a docente.

Uma vez que a oferta da educação contínua integra cursos de especialização, de estudos avançados, de atualização e uma gama alargada de unidades de formação individuais, a adesão às várias formações tem sido “ótima”, comenta Cristina Areias. Dentro das várias alternativas dos cursos de especialização, destaca alguns, nomeadamente, Especialização em Odontopediatria; Especialização Clínica em Patologia Oral; Especialização em Dentisteria e Estética Dentária; Especialização em Endodontia Clínica; Especialização em Oclusão, Distúrbios Temporomandibulares e Parafunções Orofaciais; Especialização em Ortodontia; Especialização em Periodontologia e Implantologia Oral e Especialização em Reabilitação Oral.

“A FMDUP continua a ser uma instituição de referência nacional na formação em Medicina Dentária com influência e reconhecimento crescentes a nível nacional e internacional, capaz de proporcionar aos seus formandos uma experiência educativa transversal potenciadora das suas capacidades, mas alinhada com as necessidades profissionais”, sustenta Cristina Areias. As áreas de formação estão devidamente identificadas e são orientadas para o desenvolvimento de competências interdisciplinares ou de qualidades pessoais e interpessoais, nomeadamente de trabalho em equipa, de comunicação e de adaptação a novos contextos, inclusive multiculturais, de capacidade de resolução de problemas, de ética pessoal e profissional, de transferência de conhecimento, tendo em vista a formação integral e o reforço da empregabilidade futura dos formandos.

Texto: Cláudia Pinto, jornalista