“Nos últimos 20 anos, o panorama nacional no estudo e no tratamento da dor apresentou uma enorme evolução, mas teremos ainda um caminho longo e árduo a percorrer. Reafirmamos o nosso compromisso para com todos os portugueses que o alívio da dor é um direito dos doentes e um dever dos profissionais, que constitui um imperativo ético, promover o seu tratamento precoce e adequado”, referiu o médico Duarte Correia, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor.
De acordo com o especialista “é necessário melhorar a acessibilidade dos doentes, promover uma rede de referenciação para a medicina da dor, aumentar o número de Unidades de Tratamento da Dor, e dos recursos humanos afetos a estes serviços, apostar na formação dos profissionais de saúde nesta área”, uma vez que “em Portugal, à semelhança de outras patologias, na dor crónica apenas uma reduzida percentagem da população está corretamente diagnosticada com dor orofacial, quer por desconhecimento que existe tratamento, quer pela desvalorização deste problema”.
A dor orofacial é uma situação de dor associada aos tecidos da cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral: dor de cabeça e garganta, por doenças graves como tumor, dor com origem no sistema nervoso e disfunção da articulação temporomandibular.