Um buraco de 1,6 milhões de euros na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto levou a Polícia Judiciária a investigar as contas da instituição. A notícia foi avançada na passada semana pelo Jornal de Notícias, que indica que em causa está o desaparecimento de uma elevada quantia de dinheiro proveniente de uma clínica da faculdade aberta à população.
De acordo com o jornal, “em causa está ainda a contabilidade desde o ano de 2010, pois a faculdade soma resultados negativos acumulados que ascendem a 1,6 milhões de euros – as piores contas da UP.”
O desvio de dinheiro da clínica da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto foi conhecido em 2015, depois de a direção ter reportado o desaparecimento de 75 mil euros em dinheiro vivo que estavam guardados na gaveta de uma funcionária da contabilidade.
Miguel Pinto, diretor da faculdade, e a Reitoria da Universidade do Porto, confirmaram entretanto ao jornal Público os factos e a Procuradoria-Geral da República revelou ao mesmo jornal que está já a decorrer um inquérito.
Além disso, a publicação conta que “entre as irregularidades detetadas” na instituição está também o facto de “alguns serviços prestados e que seriam pagos em prestações só terem sido parcialmente pagos, não tendo sido sequer exigida aos pacientes o pagamento global dos tratamentos a que foram sujeitos”, o que poderá estar por detrás dos prejuízos da FMDUP.