De acordo com o estudo publicado na revista Cancer Immunology Research, habitualmente este tipo de cancro não despoleta uma resposta imune e foi nesse sentido que os investigadores decidiram criar uma vacina que reprogramasse os tumores para incluírem um tipo de células imunes, os linfócitos T, capazes de combater o cancro.
A vacina agora criada consiste em células tumorais irradiadas que foram modificadas de forma a recrutarem também células imunes para o tumor dos pacientes. Para testar a inovação, os investigadores contaram com a participação de 59 pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático. Os participantes foram divididos em três grupos: um foi apenas tratado com a vacina, o outro com a vacina e 200 mg/m2 de ciclofosfamida e o terceiro com a vacina e 100 mg/m2 de ciclofosfamida.
Duas semanas após a vacinação todos os pacientes foram submetidos a uma cirurgia para remoção dos tumores. Os investigadores constataram que a administração da vacina conduziu à formação de estruturas, denominadas por agregados linfoides terciários, nos tumores dos pacientes. Estes agregados, presentes em 33 dos 39 pacientes que permaneciam sem doença, ajudaram a regular a ativação das células imunes.