Um grupo de investigadores descobriu biomarcadores epigenéticos que são acentuadamente diferentes em tecidos de cancro oral quando comparados com os tecidos saudáveis adjacentes neste tipo de pacientes. Estima-se que a incidência do cancro oral seja de quatro por cada 100 mil pessoas em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.
De acordo com os autores do estudo, esta é uma das primeiras investigações científicas a conseguir identificar os biomarcadores epigenéticos em cancro oral, o que pode ajudar a detetar os sinais de cancro de forma precoce e melhorar, de forma significativa, as taxas de sobrevivência dos pacientes.
Conduzido por investigadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e pelo Instituto de Estatísticas da Índia, o estudo envolveu 16 pacientes com cancro oral que ou fumavam ou consumiam tabaco de mascar, ou ambos. Os investigadores recolheram amostras dos tumores de cada um dos pacientes e ainda dos tecidos adjacentes. Depois, isolaram o ADN das amostras e analisaram as regiões com perfis epigenéticos alterados tanto nas células cancerígenas como nas células dos tecidos saudáveis adjacentes.
Os investigadores dizem que os resultados a que chegaram permitem concluir que existem biomarcadores significativamente associados a um mau prognóstico de sobrevivência para os pacientes, apesar de ser necessário validar os resultados com uma maior amostra de pacientes com cancro oral.
O estudo agora publicado pode ser conhecido em detalhe aqui.


